Será que entender o que é risco químico garante a proteção da empresa e de seus funcionários? Certamente, não! Afinal, não é à toa que o Brasil é um dos líderes no ranking mundial de acidentes de trabalho.
As substâncias químicas concentram grande parte da preocupação dos profissionais de Segurança do Trabalho. Isso porque, seus efeitos são extremamente tóxicos e nocivos à saúde.
Por isso, se você não quer expor seu negócio a problemas com a lei e a vida de seus colaboradores ao perigo, confira este conteúdo na íntegra!
O que é um risco químico?
Basicamente, o risco químico é a probabilidade que alguém, exposto a produtos químicos, apresenta de sofrer qualquer tipo de dano.
Em outras palavras, substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo de uma pessoa e deixá-la doente, ferida ou levá-la a óbito, representam um risco químico.
Para que uma substância química tenha acesso ao corpo humano, infelizmente, não é difícil. Isso porque, seus diferentes estados físicos permitem que ela seja inalada nas formas de poeiras, fumos, gases ou vapores.
Além disso, um líquido contaminado por agentes químicos pode ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Em todos os casos, os prejuízos causados à vida podem ser irreversíveis!
Quais são as consequências para os colaboradores?
A depender do tipo de composto químico e da forma de contato que foi estabelecida com ele, as consequências podem ser maiores ou menores. As substâncias absorvidas via respiratória ou ingeridas são as mais preocupantes.
Os olhos também merecem muito cuidado, pois o risco de perda da visão é grande em muitas ocasiões. Também são graves os casos de queimaduras decorrentes de incêndio ou explosão causados por agentes químicos.
Vale ressaltar, que as consequências também estão atreladas ao volume aspirado/ingerido e ao tempo de exposição à substância. Os níveis de toxicidade também podem variar de acordo com a concentração do produto.
Conheça os efeitos de algumas substâncias nocivas
Entender o que é risco químico permite, consequentemente, que o interesse pelos efeitos das substâncias perigosas surja. Por isso, conheça alguns exemplos mais comuns:
Efeitos irritantes
Sintomas: coceira e ardência nos olhos e nas vias aéreas superiores;
Causas: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica e cloro.
Efeitos asfixiantes
Sintomas: dores de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões e óbito;
Causas: gases hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano e óxidos de carbono.
Efeitos intoxicantes
Sintomas: febre de fumos metálicos, doença pulmonar obstrutiva crônica e intoxicações específicas;
Causas: metais como chumbo, manganês e ferro.
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Como mitigar o risco químico e prevenir doenças e acidentes?
Bom, depois de descobrir o que é risco químico, você pode estar preocupado pensando:
“Mas como evitar que a minha equipe seja exposta a tais perigos?”.
Antes de qualquer coisa, é imprescindível que a instituição conte com o PPRA — Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Afinal de contas, é através dele que todas as outras medidas serão implementadas.
Sendo assim, o PPRA deve contemplar as 3 estratégias principais:
1. Antecipação
Prever, a partir de análises e planejamento, os fatores que podem vir a oferecer riscos à saúde dos colaboradores.
2. Reconhecimento
Identificar, em campo, os agentes nocivos presentes nos ambientes de trabalho de cada um dos funcionários. Em seguida, determinar os efeitos à saúde do trabalhador em caso de exposição.
3. Avaliação
Interpretar os resultados obtidos nos estudos desenvolvidos nas etapas anteriores e eliminar ou reduzir os riscos existentes.
Além disso, é fundamental que a limpeza de todos os espaços da empresa seja realizada corretamente, pois o descarte incorreto de resíduos tóxicos é um dos grandes vilões da contaminação.
Portanto, é evidente a importância de contar com profissionais devidamente preparados para evitar que vidas sejam afetadas, perdidas e, é claro, que seu negócio desmorone!
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